Por que escrevemos diários? E por que, como voyeurs privilegiados, nos lançamos a essa leitura íntima, confessional e que muitas vezes, em igual medida, flerta e foge da condição de texto literário? Essas perguntas são o ponto de partida para este misto de curso e oficina que tem, entre seus objetivos, a investigação dos diferentes tipos de diário (e seus pactos e fricções com o real e o ficcional). Nesse percurso, acompanharemos as metamorfoses da escrita diarística em textos selecionados de autoras como Maria Gabriela Llansol, Virginia Woolf e Susan Sontag, além de atravessamentos literários como o Caderno Proibido, da autora italiana Alba de Céspedes. A partir da leitura e discussão desses textos a oficina propõe ao participantes exercícios de escrita
30 de junho
7, 14 e 21 de julho, quintas
19h30 às 21h30
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Em matéria de assuntos, a literatura se alimenta de tudo, mostrando-se também sempre pronta a desenvolver as mais inventivas colaborações com outras áreas. Por exemplo, com o cinema, seu velho parceiro. E às vezes ambos se juntam às artes da gastronomia, em filmes como A Festa de Babette (de Gabriel Axel), baseado num conto de Karen Blixen, ou Sob o Sol da Toscana (de Audrey Wells), adaptado do livro de Frances Mayes, ela mesma uma leitora fiel de autores como Keats, Flannery O’Connor e D. H. Lawrence.
30 de junho
7, 14 e 21 de julho, quintas
19h30 às 21h30
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Não é tão difícil pensar no esqueleto de um conto ou mesmo de um romance; o mais desafiador é preenchê-lo com músculos, veias, órgãos, vesti-lo e fazê-lo sair à rua – de preferência para chegar então numa livraria.
4 de julho, segunda
19 às 22h
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Não é tão difícil pensar no esqueleto de um conto ou mesmo de um romance; o mais desafiador é preenchê-lo com músculos, veias, órgãos, vesti-lo e fazê-lo sair à rua – de preferência para chegar então numa livraria.
4 de julho, segunda
19 às 22h
livro do mês: 'A Caixa-Preta', Amós Oz
4 de julho, segunda
19h30 às 21h
livro do mês: 'A Caixa-Preta', Amós Oz
5 de julho, terça
19h30 às 21h
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A literatura é ótima aliada de quem quer se aprimorar em uma língua estrangeira. Ler e discutir bons textos é um jeito prazeroso de ampliar o vocabulário, diversificar a expressão e melhorar a compreensão oral de uma nova língua. Essa é a proposta do Escrevedeira Book Club, onde se lê e se conversa em inglês.
7 de julho, quinta
19h30 às 21h
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Voltado para jovens de sete a doze anos de idade, o curso propõe a invenção de monstros e criaturas fantásticas, usando materiais variados como textos, desenhos, esculturas com coisas domésticas e vídeos. Em todas aulas há exercícios de composição, com montagem de cenas, criação de línguas e entrevistas com os seres inventados, além de outras formas de socialização.
9 de julho, sábado
15h às 18h
livro do mês: 'As Mulheres de Tijucopapo', Marilene Felinto
9 de julho, sábado
10h30 às 12h
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Todo livro carrega, de forma implícita, uma série de questões que qualquer projeto editorial exige: o que publicar, como apresentar uma proposta de publicação, qual é o público leitor, como se definem os direitos de autor, quais profissionais participam da produção etc. Afinal, os livros contêm outras histórias além das que são narradas dentro deles.
11, 13 e 14 de julho, segunda, quarta, quinta
19h às 21h30
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Todo livro carrega, de forma implícita, uma série de questões que qualquer projeto editorial exige: o que publicar, como apresentar uma proposta de publicação, qual é o público leitor, como se definem os direitos de autor, quais profissionais participam da produção etc. Afinal, os livros contêm outras histórias além das que são narradas dentro deles.
11, 13 e 14 de julho, segunda, quarta, quinta
19h às 21h30
A chamada literatura de viagem se consolida como gênero literário no séc. XX. Mas é claro que relatos desse tipo existem há milênios, como a viagem contada em versos na Odisseia. Sem ir tão longe no tempo, para nós brasileiros basta lembrar das descrições de terras e gentes na carta de Caminha. Mesmo sem esse nome, a contemplação de lugares com algo de turismo, ainda que acidental, serve de fundo para grandes obras literárias, como Morte em Veneza, de Thomas Mann ou Mongólia, de Bernardo Carvalho.
11, 21, 25 de julho
e 1 de agosto, segundas e quinta
19 às 21h
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Quantas vezes uma fotografia riscada, a visão de uma estrada vazia, restos de construções, pessoas em movimento numa terra calcinada e mais imagens assim inspiram a escrita, levando à descoberta de significados novos ou ainda ocultos? Há tempos, escritores como Samuel Beckett, Clarice Lispector, Primo Levi e muitos outros se debruçam sobre os sentidos de fragmentos e rastros de arruinamento que, desde o passado, iluminam o presente, traduzido numa escrita potente e original. Ruína e destruição permeiam, em alguma medida, todos os tipos de texto, não apenas as distopias mas até mesmo comédias românticas.
11, 18, 25 de julho
e 1 de agosto, segundas
19h30 às 21h30
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Publicado em 1922, Ulysses é considerado por muitos críticos e leitores o romance mais importante do séc. XX, seja pela hábil estruturação do que é contado, pela exploração de vários estilos, pelas alusões históricas, literárias, mitológicas e, ainda, por ser um dos pioneiros no uso do fluxo de consciência das personagens. James Joyce faz uma espécie de releitura moderna da Odisseia, acompanhando seu personagem principal, Leopold Bloom, pelas ruas de Dublin.
12, 19, 26 de julho
2, 9, 16, 23 e 30 de agosto, terças
19h às 21h30
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Há alguns anos estamos testemunhando e praticando mudanças radicais na escrita jornalística, com a disseminação veloz das redes sociais e plataformas de comunicação. O declínio dos periódicos impressos não se deve só a alterações nos modos e meios de leitura – é sobretudo uma transformação nas formas e nas possibilidades de expressão escrita.
12, 19, 26 de julho
e 2 de agosto, terças
19h30 às 21h30
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Quando lançado, em 1963, O Jogo da Amarelinha foi recebido com surpresa, por sua proposta de leitura múltipla, para além do romance realista tradicional. Desde então, o livro mantém o espírito provocativo, com sua estrutura que permite opções nos modos de ler os périplos de amor e pensamento vividos pelo intelectual Oliveira e a misteriosa Maga.
13, 20, 27 de julho
3, 10, 17, 24 e 31 de agosto, quartas
19h30 às 21h30
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Na hora da escrita, toda decisão é importante. Isso vale para as escolhas maiores, como as que definem o tema e o gênero do texto, mas também se aplica a coisas bem mais pontuais (e não menos importantes) como o emprego dos sinais gráficos: vírgula, pontos de exclamação e interrogação, parêntesis, letra maiúscula, travessão e vários outros. Eles têm funções diversas, quase sempre simulando no texto as muitas nuances da comunicação oral. Uma pausa pode, por exemplo, indicar hesitação ou intencionalmente gerar suspense, entre outras possibilidades, além de marcar relações de sintaxe entre as frases, organizando o que está sendo dito, conforme a natureza do texto.
14, 21, 28 de julho
e 4 de agosto, quintas
19h30 às 21h30
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Mário de Andrade já disse que conto é tudo aquilo que chamam de conto. De fato, essa forma literária é extremamente plástica e suas várias versões se espalham por lugares e épocas de maneiras diversas, desde o microconto até contos de 90 páginas, como alguns de Alice Munro, por exemplo.
14, 16, 21 e 23 de julho
18 às 20h, quintas
14h30 às 16h30, sábados
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Por onde anda W. G. Sebald? Uma resposta possível seria: por toda parte. Morto em 2001, aos 57 anos, no auge de sua produção literária e com uma estrada bem pavimentada em direção ao Nobel de Literatura, Sebald circula incessantemente pelos canais culturais de vários idiomas e tipos de discursos. Sua prosa sedutora e misteriosa, que combina a ficção e os fatos reais de uma forma totalmente particular, oscilando entre história e ação, atravessadas por uma certa melancolia, continua a interessar leitores, escritores e pesquisadores ao redor do mundo.
19, 21, 26 e 28 de julho, terças e quintas
19h30 às 21h30
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Costuma-se defender e adotar a ideia de uma sociedade cada vez mais plural, mas é muito comum que essa mesma ideia sirva para ocultar violências estruturais. Dentre elas, a forma como autoras negras são invisibilizadas por várias instâncias do mundo editorial, desde quem detém os meios de publicação até os leitores. Nessas conversas, que Calila das Mercês chama – não por acaso – de rodas, a proposta é que, através do afeto, os participantes possam observar e criar pontes literárias para uma sociedade que segue, apesar dos progressos, em colapsos e pandemias.
20, 27 de julho
3 e 10 de agosto, quartas
19h30 às 21h30
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