Em tempos de quarentena, as percepções de tempo e espaço se alteram. Os critérios que há alguns meses definiam — e diferenciavam — espanto e tédio, rapidez e lentidão, foco e devaneio, confinamento e aprisionamento, não parecem mais serem exatamente os mesmos. Valendo-se desse cenário, em que a apreensão da realidade tem se transformado a olhos nus, o curso propõe exercícios de escrita que explorem justamente as perspectivas com que o indivíduo sente e apreende o mundo que o cerca. Como auxílio às atividades práticas, as categorias de tempo e espaço em dois autores principais, Clarice Lispector e Herman Melville, são analisadas e discutidas com os participantes.