Como podemos relacionar as obras de autores tão diversos como Jorge Luís Borges, Georges Perec, Italo Calvino, Lewis Carroll ou Miguel de Cervantes, considerando o uso que fazem de estruturas e jogos matemáticos? Nesses e em outros autores, a arte literária e a imaginação matemática têm mais coisas em comum do que supomos, abrindo muitas possibilidades, como a criação de textos segundo procedimentos previamente estabelecidos, diferentes fatores combinatórios e mesmo a utilização de materiais já existentes. A partir de exemplos das obras daqueles autores e da prática do famoso grupo Oulipo (sigla de Ateliê de Literatura Potencial), esta oficina propõe aos participantes pesquisar, discutir e experimentar o jogo com a escrita, se valendo das múltiplas relações entre princípios matemáticos simples e a literatura.