Há alguns anos, estamos testemunhando e praticando mudanças radicais na escrita jornalística, com a disseminação veloz das redes sociais e plataformas de comunicação. O declínio dos periódicos impressos não se deve só a alterações nos modos e meios de leitura – é sobretudo uma transformação nas formas e nas possibilidades de expressão escrita.
O texto é algo onipresente, o que não garante o reconhecimento de autoria, categoria, aliás, também posta em xeque. A democratização da escrita pública confunde o autor com a nova figura do perfil. As próprias plataformas se tornaram os publishers, a mítica imagem da redação está em processo de extinção e o comentariado é um fenômeno dominante.
Este curso aborda a volatilidade e a eternidade do texto digital, a ascensão da palavra falada e o mercado de dopamina, refletindo sobre formas de como escrever na era do hipertexto. Para quem está interessado em compreender e/ou praticar um jornalismo atualizado sobre essas questões e desenvolver modos renovados de escrita e leitura, os encontros interrogam o cenário atual e discutem respostas, tendo em vista outras potencialidades expressivas.