Neste ano em que se completam 60 anos do golpe de estado de 1964 no Brasil, cabe pensar em como a literatura vem lidando, em seus próprios meios, com a complexa tarefa de lembrar, tendo que, para tanto, se recriar. É o caso, por exemplo, da escrita de Beatriz Bracher, Julián Fuks, Bernardo Kucinski, Adriana Lisboa, Tatiana Salem Levy, que juntam restos de acontecimentos, para se aproximar de experiências relacionadas à violência e às perdas.
Partindo de exemplos de autores como esses e outros, que assumiram a fragmentação da memória e trabalham a partir dela, esta oficina propõe aos participantes exercícios diversos de escrita que possibilitam refletir sobre o funcionamento da memória na produção literária, especialmente diante de eventos traumáticos.