O que inspira o escritor a produzir seu texto? Como lidar com as influências literárias? E se elas não forem literárias, mas musicais ou cinematográficas? Quanto da vida real vale entrar na ficção? No mundo da literatura, embora não existam respostas certas, há exemplos de sobra de processos de escrita que renderam textos extraordinários.

Este híbrido de curso e oficina explora o trabalho de cinco escritores – Marcel Proust, Marguerite Duras, Umberto Eco, Julio Cortázar e Enrique Villa Matas –, revelando suas influências e processos de criação, seja recorrendo a trechos de reflexões como as Confissões de um Romancista, publicadas por Eco; ao diálogo como outras linguagens desenvolvido por Proust (a partir da fotografia e do cinema) e Duras (que escreveu O Amante inspirada num álbum de família); ao balanço entre a ficção e a biografia, o real e o imaginário, conduzido por Villa Matas, por exemplo em seu Paris Não Tem Fim; e chegando ao terreno lítero-musical com ‘O Perseguidor’, o conto de Cortázar inspirado no jazz de Charlie Parker.

Os encontros combinam análises, discussões e exercícios de escrita, de maneira a estimular os participantes a colocar em prática alguns dos procedimentos identificados nos textos abordados, canalizando a seguir as suas próprias referências e inspirações.