A literatura pode mudar o mundo? Ou, ao menos, ajudar a compreendê-lo e questioná-lo? Muita coisa já foi discutida a respeito das possibilidades e limitações da criação literária na abordagem de questões políticas e sociais. Este curso explora de que forma a literatura tem sido agenciada para analisar e compreender pautas contemporâneas, como a ascensão da extrema-direita, as crises climáticas e as questões identitárias, entre outras, passando por textos de Jean-Paul Sartre, James Baldwin, Walnice Nogueira Galvão e Bianca Santana.  

Nos encontros, vamos discutir como a literatura não apenas reflete, mas também intervém na realidade política, destacando dois momentos: o fundamento histórico da ideia de ‘literatura engajada’ e, em seguida, as reações críticas a um suposto domínio dessa literatura sobre outras formas literárias, a partir da lista recentemente publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, elegendo os melhores livros brasileiros do século XXI. 

Aula 1 – De onde vem a ideia de literatura como ferramenta política?

Textos de base para a aula:

– ‘Que é escrever?’, de Jean-Paul Sartre, em seu livro Que é a Literatura? (Vozes, 2015)

– ‘Lista de melhores livros reconfigura cânone de literatura mais plural’, de Bianca Santana, Folha de S. Paulo, 24/05/2025 (disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2025/05/lista-de-melhores-livros-reconfigura-canone-de-literatura-mais-plural.shtml)

Aula 2 – Forma versus conteúdo: o debate sobre a lista de melhores livros brasileiros do século XXI

Textos de base para a aula:

– ‘Nota autobiográfica’ e ‘O romance de protesto de todos’, de James Baldwin, em seu livro

Notas de Um Filho Nativo (Companhia das Letras, 2020).

– ‘Conteúdo predomina sobre a forma na literatura brasileira de hoje’, de Walnice Nogueira Galvão, Folha de S. Paulo, 25/05/2025 (disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2025/05/conteudo-predomina-sobre-a-forma-na-literatura-brasileira-de-hoje.shtml