Sobre o curso
Diário, memórias, ensaio biográfico, autobiografia, autoficção – são muitas as maneiras de escrever sobre si mesmo. A literatura contemporânea vem apresentando formas bastante diversas de tratar a subjetividade, em autoras e autores das mais diferentes gerações em todo o mundo, como Annie Ernaux (por exemplo, em seu livro A Vergonha), Édouard Louis (em Monique se Liberta), Tatiana Salem Levy (em Melhor não Contar), Didier Eribon (em Vida, Velhice e Morte de uma Mulher do Povo), Bruna Mitrano (em Ninguém Quis Ver) e Adriana Armony (em Pagu no Metrô).
A partir da leitura comentada de trechos selecionados dessas e de outras obras contemporâneas, Beatriz Resende mostra, neste curso, o lugar e as especificidades dessa produção variada. Durante os cinco encontros, também discute com os participantes questões atuais sobre as relações que a literatura mantém com a narrativa de experiências de vida, nos cruzamentos da escrita entre ficção, biografia e visão social.