Sobre o curso
A figura da bruxa existe há muitos séculos, sempre à margem do patriarcado e dos sistemas dominantes. Exercendo fascínio e assombro, a bruxa deve ser perseguida porque, como diz Silvia Federici, não serve ao capitalismo no seu papel de mulher do trabalho gratuito. Bruxas também estão na literatura. Nos anos 1970, Clarice Lispector – que foi chamada de ‘feiticeira’ pelo crítico literário Emir Monegal – participou do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, realizado na Colômbia.
Nesta oficina, vamos nos perguntar o que é a escrita de bruxas, enquanto lemos e escrevemos ao redor de ‘bruxas’ como Silvina Ocampo, Alejandra Pizarnik, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Conceição Evaristo, Virginia Woolf, Toni Morrisson e Ursula Le Guin. Escrever não é obrigatório para participar da oficina, mas aumenta o poder mágico do grupo. E não custa ter por perto uma pedra de ágata ou um olho de tigre.