Esta é uma oficina de literatura ao redor da escrita, considerando gestos, ações e hábitos que vêm antes, durante e depois de escrever, realizada em encontros presenciais e mais um online e individual com cada participante. O número de vagas é limitado a 20 pessoas e seguindo os protocolos de segurança sanitária recomendados pela OMS, em face da covid 19.
O primeiro encontro aborda o treino da intuição, as estratégias para sonhar acordado, as opções entre definir um projeto objetivo e entregar-se à técnica do devaneio, de maneira a jogar o jogo de acordo com suas próprias regras. A proposta do segundo encontro é abrir espaço na escrita para repensar a vida nas cidades como o palco de um jogo criativo contra a passividade e a alienação, convocando autores como Baudelaire, Virginia Woolf e Georges Perec.
O terceiro lida com a constatação de que a verdade não é necessariamente o contrário da ficção. E com um paradoxo: a ficção recorre ao falso para aumentar sua credibilidade. É o momento de aprofundar a estética de laboratório, levando em conta a escrita diarística, a autoficção e o uso da experiência como plataforma criativa. Mario Bellatin, Sophie Calle, Lima Barreto, Ricardo Piglia, Kanye West, David Bowie, Sérgio Sant’Anna são autores que entram nessa conversa. A próxima parada é dedicada aos recortes, colagens, citações, apropriações; a ‘MixLit’ e a aura da palavra escrita (e publicada), com exemplos de Walter Benjamin, David Lynch, Oswald de Andrade, Angélica Freitas, Vila-Matas e Borges. Nos encontros, são propostos exercícios de escrita em torno dos temas em pauta. E há ainda um quinto encontro on line, uma sessão de mentoria individual de 30 minutos, para conversar sobre as ideias projetos de cada participante, a ser agendada após o término da oficina.