Geralmente pensamos na escrita em termos de técnicas e conhecimentos puramente linguísticos, habilidades possíveis de se desenvolver com a experiência. Mas, para além delas, a escrita pode se beneficiar de técnicas de meditação, envolvendo um mergulho na sensibilidade do autor, e mesmo novas perspectivas pessoais.
Essa oficina é voltada à aprendizagem das técnicas básicas da meditação budista na prática da escrita, incentivando (pela inspiração) o potencial criativo e a liberação (pela expiração) de experiências de vida em forma narrativa e/ou poética. Essa prática de escrita não é automática, é pneumática: ditada pelo ritmo da respiração e da atenção ao momento presente, que inclui o virtual do passado e o futuro possível. Vamos experimentar o prazer do encontro inesperado entre as palavras e “o é do instante”, pois a próxima frase é sempre inesperada quando escrevemos e meditamos.
Desbloqueando a censura interna, o medo da aceitação externa, o julgamento incessante entre bom e ruim, os encontros colaboram na criação de uma estrutura para projetos de escrita, com a possibilidade de cada participante elaborar um plano de aplicação dessa técnica à sua produção de textos. Organizada como um semi-intensivo, nesta oficina vamos escrever a partir de trechos inspiradores de Natalie Goldberg, Clarice Lispector, haicais brasileiros e orientais, entre outras referências, como passagens do filme Dias Perfeitos, de Wim Wenders.