A linguagem pode ser utilizada para os mais diversos propósitos, dos mais elementares, como pedir socorro, até os mais formais, como redigir um documento jurídico. No mundo da escrita gastronômica, ela tem o poder de dar vida a alimentos e bebidas, fazendo com que o leitor imagine gostos, aromas e texturas através da força das palavras. O curso explora diferentes estratégias de escrita e recursos de linguagem para se referir a esse tipo de sensações.
Como descrever a riqueza muda dos aromas? Qual é a cota de objetividade e de subjetividade quando colocamos em palavras o que distingue um certo ingrediente ou a principal característica de um prato tradicional? Uma receita é apenas uma orientação técnica ou também pode ser pensada como uma narrativa? Essas são algumas das questões abordadas no curso, que explora ainda o caminho inverso, isto é, o modo como nomear um prato também influencia a nossa degustação. Ao longo dos encontros, são realizadas pequenas oficinas de escrita, além de discussões que ampliam a perspectiva que se tem da comida, levando em conta suas dimensões de cultura, memória e – por que não? – arte.