Costuma-se defender e adotar a ideia de uma sociedade cada vez mais plural, mas essa mesma ideia ainda pode ocultar violências estruturais. Dentre elas, a forma como autoras negras, são invisibilizadas por várias instâncias do mundo literário, desde quem detém os meios de publicação até os leitores.
Nas conversas deste curso, que Calila das Mercês chama – não por acaso – de rodas, a proposta é que, através do afeto, os participantes possam observar e criar pontes literárias para uma sociedade que, apesar de alguns progressos, enfrenta colapsos diversos. Afeto, aqui, não significa somente disparar emoções, mas também a possibilidade de afetar, acolhendo e revolvendo premissas, sem separar a literatura da própria vida, tanto das autoras analisadas como de quem participa dos encontros.
Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Geni Guimarães e Marilene Felinto serão bússolas durante os encontros, além de outras escritoras e intelectuais, que ampliam as perspectivas para pensarmos a pluralidade da literatura a partir das relações étnico-raciais, assumindo responsabilidades na luta antirracista.