Como escreveu Emily Dickinson, ‘Não é preciso ser um quarto para estar assombrado./ Nem é preciso ser uma casa./ A mente tem corredores que ultrapassam / qualquer lugar concreto’. A oficina explora temas relacionados a este espaço de habitação, permanência, regresso, confinamento e espera, que pode nos envolver tanto numa atmosfera de pertencimento, quanto na ideia de claustro, de estranho ou de estrangeiro. Partindo de alguns poemas de ‘Estar em Casa’, último livro de Adília Lopes, e de ‘Como se Fosse a Casa’, de Ana Martins Marques e Eduardo Jorge, e ainda com outros textos à mão – de Anne Sexton, Virginia Woolf, Noemi Jaffe, Gaston Bachelard e Giorgio Agamben –, os participantes são estimulados a escrever textos curtos (contos, mini-contos, poemas) e/ou textos híbridos a partir de trechos selecionados desses autores e de outros gatilhos propostos durante a oficina.