Nada a se fazer diante do fim e sua inevitabilidade, seja de uma pessoa, um bicho, uma relação. E no entanto, escreve-se. Não como elaboração ou remédio, mas simplesmente porque nossas mãos pedem, porque assim pede o tempo, o vazio da página – o vazio e a escrita que não ousa preenchê-lo, apenas apontá-lo.
Nessas horas de encontro presencial, vamos nos deter sobre textos para pensar diferentes formas de escrever sobre e a partir de um eu que dói. Escrever, talvez, esse eu que sente a falta, que é constituído dela. Qual a palavra precisa? A palavra é precisa? Como dizer o silêncio?
Com exercícios disparadores de escrita e trocas sobre pequenas produções dos participantes, vamos nos aproximar do material incandescente do sofrimento individual e buscar compreender se e como ele dialoga com o coletivo.