A naturalidade é uma das qualidades mais difíceis de serem conquistadas pelo escritor. Quando o assunto é diálogo, esse desafio se multiplica. Em textos que falham nesse aspecto, as personagens parecem conversar em monólogos e a linguagem está sempre destoando dos interlocutores – que, para piorar, não estranham o que acontece. Nesta oficina, o primeiro desafio é: parar e ouvir. Como é uma conversa que soa verdadeiramente natural? De que maneira as frases se sucedem? O diálogo é apenas uma transcrição fonológica? Qual é exatamente o objetivo dos diálogos na prosa de ficção?
Por meio de leituras e exercícios, com direito a correções e atendimentos individualizados, os participantes aprendem a superar diálogos mal construídos – verdadeiros elefantes na sala de estar da leitura – e também a trabalhar com aquilo que não é dito explicitamente. Ao longo dos encontros, depois de uma introdução básica ao assunto, são explorados temas como oralidade e linguagem, o potencial de efeitos da pontuação, as articulações de texto e subtexto, entre outros, mostrando como essas categorias e procedimentos podem ser utilizados para aprimorar os diálogos e, por consequência, as narrativas.