Entre os mais importantes cineastas do assim chamado ‘Nuevo Cine Latinoamericano’, nos anos 1960 e 70, partilhou-se um projeto de intervenção política por meio da estética, que envolvia o debate da ideia de nação ou de América Latina como ‘comunidades imaginadas’. Vários filmes realizados então, em diferentes países, estabeleceram fortes relações entre cinema, literatura e outros ramos da escrita em termos amplos.
A partir de uma visão geral dessas relacões, a proposta do curso é deter-se sobre produções de cineastas como Glauber Rocha (que via um de seus filmes como uma 'viagem borgeana pela obra de Shakespeare’), Tomás Gutiérrez Alea, Fernando Solanas e outros, ao lado de textos de escritores como Gabriel García Márquez, Alejo Carpentier, José María Arguedas e do historiador Fernando Ortiz, mostrando as afinidades eletivas que representam essa tendência criadora de alegorias da história de países da América Latina ou de todo o seu conjunto, sob regimes autoritários.