Fruto do hábito, das circunstâncias históricas e até de nossas próprias leituras, os clichês — lugares-comuns, chavões, frases feitas — são úteis e às vezes engraçados, quando o objetivo é a comunicação cotidiana. Seu uso na literatura, entretanto, tem efeitos diferentes. Quando quem escreve, iniciante ou não, está em busca de sua melhor expressão, o clichê, esquivo e sedutor, pode trair a intenção do autor, comprometendo um texto elaborado com todo o capricho.
Para aparelhar os interessados por literatura e amantes da arte de forma geral, a escritora Cíntia Moscovich destaca neste curso os principais chavões da linguagem e das estruturas narrativas, aquelas construções nem sempre percebidas à primeira vista, já que os clichês tendem a se tornar expressões automatizadas. Com um breve apanhado histórico sobre o ‘kitsch’ e o uso de clichês também no cinema, na música e nas redes sociais, os participantes têm a oportunidade de fazer uma imersão atenta no mundo da banalidade, inclusive exercitando escrever propositalmente o pior texto que já terão produzido.