Não é à toa que uma narrativa escrita também é chamada de ‘texto’. A palavra ‘texto’ tem a mesma origem etimológica de ‘tecido’, já que ambos são compostos de ‘linhas’ e de ‘tramas’, duas palavras que, por sua vez, são usadas para falarmos do enredo e da sequência de acontecimentos de um conto ou romance. Um texto é, simbolicamente, um trabalho com fios, formando os mais diferentes desenhos, conforme quem o escreveu.

Na oficina presencial Literatura, Bordado e Memória, Claudia Soares de Oliveira propõe aos participantes o bordado não somente como metáfora, mas como prática criativa: bordar com fios, tecidos e agulhas a partir de gatilhos literários diversos, de autores como Valter Hugo Mãe, Borges e Bachelard, para interpretar e simbolizar textos na própria trama dos fios.

Durante os encontros, através de rodas de leitura e bordado livre, a oficina mobiliza a potência afetiva no cuidado de si e no resgate da infância, da memória e do poder restaurador da palavra e da arte. Ao final, todos os participantes terão um objeto biográfico e/ou uma paisagem afetiva bordados. Importante: não é necessário saber bordar para participar.